No alto da colina, posso me esconder.

Posso te chamar? Te ouvir?

Há quanto não te ouço?

Há quanto não dou ouvidos ao seu sussurrar.

Sussurra meu nome de forma doce, suave.

Meu amigo, meu amado, o pastor da minha alma.

E eu sou a menina dos seus olhos.

Corro pra colina, buscando seu abrigo.

Para onde mais  eu poderia ir?

Ele chega de mansinho, coloca a mão no meu ombro,  não preciso me virar, Seu toque conheço bem. Há quanto tempo!

Senta-se ao meu lado.

Posso encostar a cabeça no seu ombro?

Posso sentir o seu calor?

Posso ouvir seu coração?

À beira de um penhasco, à beira do abismo, só há escuridão.

Me leva pra colina, me mostra o horizonte.

Me guia até o caminho.

O caminho da mansidão, leva meu fardo

Me leve pra colina, sussurre meu nome, fale-me aos ouvidos.

Quero ouvir tua voz, posso encostar a cabeça no seu ombro?

Posso ouvir teu coração?

Para onde mais eu poderia ir?

No lato da colina, há paz, há abrigo, há não apenas eu, mas nós.

No alto da colina, posso me esconder.

Me esconder em Ti, somente em Ti.

(Daniela Xavier – Agosto 2014)