top of page

Menina

Quieta.

E sempre inquieta

Tímida, levada, sempre arteira

Sobe, desce, pula, fica presa

Adora surpresa!

 

Menina de pés descalços.

Descalço é seu coração.

Imagina, cria, copia

Sonha, conta, reconta.

 

Menina que busca

Suas verdades, suas mentiras

Suas meias verdades. Solução!

Acredita, desacredita, confia, desconfia

Duvida, questiona, quer ver.

Aprender!

 

Ai...  menina medrosa

do mundo, da vida, do outro.

Medo? Medo pra quê?

Luta, disputa, trabalha

Ela vive. Sobrevive!

Escreve, reescreve

tenta, inventa, não se contenta.

Sabe desenhar?

 

Eita...menina brava.

Mão na cintura, bate o pé

manda, desmanda

controla,  rebola.

Mantém a peteca no ar!

 

Ah... que menina doce.

Ama, doa , perdoa

desce, reconhece,  de si esquece.

Se ocupa, se preocupa

com o outro, os filhos

a mãe,  o cachorro, o papagaio.

 

Ô... menina ousada!

Se exaspera, se desespera

se lança, é lançada

 se joga, aprende

Sabe dançar?

 

Esta menina pensa!

Faz prosa, faz verso

a vida, a dor, o amor

critica, opina

domina, abomina.

Vale discordar?

 

Mais que menina exigente!

Explica, implica, solicita

afeição, segurança

amor, dedicação.

Sinceridade?

Honestidade!

 

Menina de muitos jeitos

trejeitos, e rejeitos.

Não a mesma, mas crescendo, 

aprendendo, descobrindo.

Reconstruindo!

 

Menina -menina, menina -moça, menina- mulher

Um jeito novo de viver

Sem nunca, jamais esquecer

Quem eu sou. Quem eu quero ser!

 

(Daniela Xavier /04/04/2014)

 

 

bottom of page