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Perdemos a humanidade?


“Mais do que em qualquer outra época, a humanidade está numa encruzilhada. Um caminho leva ao desespero absoluto, o outro, à total extinção. Vamos rezar para que tenhamos a sabedoria de saber escolher.”


As palavras de Woody Allen refletem nossa situação hoje. Confesso que tenho evitado assistir aos noticiários na TV, dificilmente temos uma boa notícia, o que se vê são assaltos, latrocínios, sequestros e assassinatos, que nos impõem medo de sair de casa e andar nas ruas, mas quem dera estivéssemos seguros em nossas casas.

Outras notícias mostram inúmeros crimes passionais, violência contra a mulher, crianças e incapazes, violência e maus tratos a animais. Isto leva muitas pessoas ao medo de relacionamentos.

Em outra esfera não menos violenta, vemos e ouvimos sobre crimes políticos, já não acredito em inocência ou honestidade, estes escândalos políticos me causam revolta.

Dinheiro público gasto com festas e bens que a terra consome e a traça corrói. Crianças e velhos, pessoas morrendo nos hospitais, nas estradas, nas ruas.

Almas em sofrimento. Crimes políticos deveriam ser hediondos, pois roubam nossa saúde, nossa segurança, nosso direito à educação, à cultura, ao esporte, nosso direito de ir e vir, tirando do povo não apenas estes direitos, mas também a confiança, a esperança e a dignidade.

Apesar de não assistir aos noticiários para tentar escapar da angústia e revolta, vejo ao meu redor competição, inveja, mentiras e maledicências, traições e falsidades, na menor oportunidade o próximo é lesado e enganado.

Uma onda de supervalorização dos direitos dos animais em detrimento aos direitos humanos. Não falo do direito à vida, alimentação e abrigo que qualquer criatura precisa e deve receber, falo da inversão de valores em que tratamos os animais como seres “humanos” e os seres humanos como “animais”. Alguns cachorros e gatos vivem melhor que muita criança por aí.

Em meio a tudo isto, pergunto: Perdemos a humanidade? Aquela que nos diferencia dos animais, como seres inteligíveis, capazes de benevolência, tratar o outro com cortesia, fazendo o bem, ou seja, com “verdadeira humanidade”?

Fico realmente atordoada quando vejo tantos maus tratos, às crianças e animais, intolerância religiosa, racial, política ou a tudo que seja diferente dos padrões impostos pela sociedade.

Padrões estabelecidos por mentes egoístas, disseminados pela ambição da mídia e acolhidos por ignorantes.

Está cada vez mais difícil nos relacionarmos, enquanto nos distanciamos dos relacionamentos, vamos aos poucos nos atrofiando, nos encolhendo em nosso egoísmo, agindo por instinto, perdendo a humanidade.

Não estou sendo pessimista, pelo contrário, quero através desta reflexão encorajar à você que leu este texto, a reverter este quadro. Como? Se movimentando, começando devagar, fazendo o bem, primeiro aos que estão ao seu redor, sua família, seus amigos, seus animais.

Um bom dia sorridente, um banho gostoso no seu pet, perdoando, encorajando, investindo nos relacionamentos ao seu redor. Em seguida, você pode participar de alguma Ong ou projeto social, seja ela em favor de pessoas ou animais, mas não se conformar jamais com o que este século nos impõe.

Vá a procura de amizades relevantes, um bom papo cara a cara, um toque, um abraço, uma gorjeta, atitudes simples que mudam tudo.

Às vésperas das eleições, que tal deixar de lado interesses pessoais e pensar no coletivo? Questionar, argumentar, dialogar, com respeito a e dignidade. Buscando sabedoria para saber escolher.

Não podemos deixar de fazer o bem, buscar a justiça. Se através disto a vida de um ser humano ou qualquer criatura de Deus for abençoada, nossa existência já terá valido à pena.


(Daniela Xavier)


http://www.procure1amigo.com.br/default.aspx?cc=2970&cn=pr-maringa


http://www.protetoresindependentes.com/


http://www.ongsbrasil.com.br/default.asp


http://www.voluntarios.com.br/brasil.htm


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